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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Análise: EA Sports UFC=Prévia: EA Sports UFC

Análise: EA Sports UFC



CONSIDERAÇÕES

Uma das promessas da Electronic Arts era trazer o mundo do Ultimate Fighter Championship com autenticidade para os videogames e muito disso foi alcançado em "EA Sports UFC", que realmente consegue recriar as emoções de estar em um octógono – inclusive com os machucados sérios que abrem no supercílio de um lutador ou outro, por exemplo.

Os lutadores foram recriados de forma muito realista e mostram que esse foi o principal ponto para o qual a EA do Canadá deu atenção, mas isso não quer dizer que o game só tem gráficos bonitos: a jogabilidade em pé é bem competente, com muitos detalhes para serem explorados por quem pretende jogar a sério e, ao mesmo tempo, é simples para os lutadores de fim de semana – pena que o mesmo não possa ser dito para as mecânicas de chão e submissão, um tanto quanto complicadas de entender.

Mesmo com muitos bugs, "EA Sports UFC" é um bom jogo, não apenas para os fãs da pancadaria agenciada por Dana White, mas também para quem gosta de jogos de luta.
  • EA Sports UFC
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INTRODUÇÃO

Após pular a temporada 2013, o Ultimater Fighter Championship  volta aos octógonos virtuais com os maiores campeões mundiais prontos para dar porradas com apenas alguns toques de botões. Anderson Silva, José Aldo, Jon Jones, Lyoto Machida e mais uma pancada de outros lutadores (e, sim, lutadoras) voltam ao mundo dos videogames em "EA Sports UFC".

Além dos lutadores e ótimas mecânicas de jogo, este é o primeiro game pensado em fazer com que o fã do esporte mais barra-pesada da atualidade veja o universo das lutas representado nos mínimos detalhes, como o treinamento básico e até mesmo um 'remake' para o "The Ultimate Fighter", reality show que consagra a entrada de novos lutadores na franquia.

"EA Sports UFC" chega apenas para PlayStation 4 e Xbox One buscando usar o poderio gráfico extra para mostrar como os menores detalhes, como a textura da pele, realmente fazem a diferença para os jogos de luta.

PONTOS POSITIVOS

  • Muito bonito
  • Não dá pra dizer que os lutadores de "EA Sports UFC" são "colírios" das revistas femininas, mas o game "tem presença". A luta rola de maneira bem crível e, por momentos, dá até a sensação de estar vendo uma disputa televisionada: lutadores reagem aos ataques e fazem caretas ao dar socos e chutes.

    A impressão que temos é que cada um dos lutadores foi literalmente copiado para dentro da TV e com detalhes muito apurados, como a cicatriz de José Aldo e a orelha de repolho de Junior dos Santos (o Cigano), que transparecem o cuidado nessa parte por parte do pessoal da EA Canada (o mesmo time de "Fight Night").

    O mais divertido é que vemos um grande salto no que se refere aos ferimentos dos lutadores durante as partidas, como machucados e ferimentos que se abrem com os poderosos golpes. Em alguns embates, o chão do octógono fica manchado com o sangue dos lutadores e no final da luta dá pra ver os rostos inchados e o quanto os lutadores foram maltratados no decorrer da peleja.

    Alguns detalhes, como técnicos e plateia que aparecem no jogo, são nitidamente mais feios (até parecem ser bonecos da era PlayStation 2), mas isso não vai afetar sua experiência de jogo.
  • Boas mecânicas
  • Um bom jogo de luta precisa ter mecânicas consistentes e compreensíveis para todos os jogadores e "EA Sports UFC" segue por esse caminho sem muitos tropeços. Como esse é um game onde o realismo é uma das linhas guias, vemos que as animações de socos e chutes são desferidas de forma orgânica e compatível com o que vemos dos lutadores do mundo real.

    Na configuração padrão do jogo segue como em um game de luta padrão, com os botões de face do controle sendo responsáveis pelos socos e chutes básicos, já os botões de ombro são modificadores para defesa e ataques especiais, como o soco Superman ou um chute giratório potente. É uma mecânica simples de ser compreendida, porém não é tão fácil de ser dominada.

    Os agarrões e submissões, por exemplo, são técnicas avançadíssimas e para você conseguir sua primeira vitória dessa forma será necessário muito treino. E sim, o jogo tem um sistema bem amplo de treinamento. Tão amplo que quando você consegue fazer todas as lições você estará apto para lutar de igual para igual com Anderson Silva – no videogame, claro.
  • Modo carreira dedicado aos fãs
  • O modo carreira é o que literalmente vai separar quem é fã de verdade do universo UFC de quem só assiste aos principais cards das noites de luta.

    Ao iniciar uma carreira você cria um lutador novinho em folha, escolhendo desde o tipo de sobrancelha que ele tem até o estilo de luta que ele domina. Feito isso, acontece uma temporada expressa do reality "The Ultimate Fighter", com direito a clipes em vídeo gravado por lutadores reais, técnicos e até o chefão do UFC, o careca Dana White.

    Esse modo de carreira é bom por dois motivos – ele coloca em prática tudo o que você já aprendeu das mecânicas de jogo, como também lhe dá a oportunidade de experimentar coisas novas que não são reproduzidas em nenhuma outra parte do game.
  • Online competente e dinâmico
  • Um componente que não pode faltar para um jogo de luta é o modo online e a opção do "EA Sports UFC" é simplesmente completíssima. Não tem segredo: ao entrar no ringue você tem a opção de escolher o seu lutador favorito e colocar suas técnicas à prova contra outro jogador.

    No início, o balanceamento é meio desequilibrado, mas depois de algumas partidas, o game vai encontrando outros jogadores com o mesmo nível de habilidade que o seu e aí as brigas ficam mais divertidas.

    Porém, algo que me chamou atenção para o modo online é a forma que a EA consegue colocar diversos extras para os fãs do esporte, como vídeos com os melhores momentos das últimas lutas e até informações para quem quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo dos lutadores.

    Uma pena que nem todo conteúdo dessa parte seja localizado para português, mas mesmo assim é algo que você vai, literalmente, vai querer gastar algumas horas brincando e olhando com calma.

PONTOS NEGATIVOS

  • Muitos bugs
  • Vez ou outra você vai ver um bug aqui, outro ali. Pode ser um golpe que passa por dentro da cabeça do adversário, como se ele fosse um fantasma, ou até coisas bizarras, como lutadores que saem voando pelo octógono como se fosse uma bola.

    Mal o jogo chegou às lojas e os sites de compartilhamento de vídeos já estão apinhados de vídeos bizarros do "EA Sports UFC". Tem até um vídeo onde os jogadores não conseguem sequer ficar em pé. O pior é que nem todos esses erros de programação podem ser corrigidos com uma atualização.

    Nos nossos testes, foram poucos os erros, mas em todos o sentimento de frustração foi predominante, principalmente quando se trata de uma partida online, onde seu único recurso é esperar o tempo passar para acabar o round – isso é, quando seu lutador não volta e leva um nocaute sem levar um jab sequer de seu adversário.
  • Sistema de submissão é ineficiente
  • Até hoje, nenhum jogo de UFC conseguiu acertar em uma coisa importante: o sistema de submissão. Desde a época de quando a franquia era produzida pela THQ, essa era a parte mais frustrante do esporte no mundo dos games. Aqui os jogadores devem disputar uma guerra de alavancas para ver quem consegue escapar ou travar os membros dos lutadores virtuais.

    Para escapar de uma submissão você precisa manter a alavanca  da direita em uma direção e evitar manter a direção do adversário. Se você é o atacante deve prestar atenção na direção que o adversário está pressionando e ainda perceber o breve momento em que aparece a chance de continuar o golpe.

    No final das contas você percebe que o adversário apenas fica girando a alavanca e você não consegue impedir que ele escape. Isso aconteceu comigo diversas vezes nas partidas online, ou seja, ficou muito mais fácil sair de uma submissão do que conseguir executar um golpe desses.

    O sistema de submissão precisa ser mais equilibrado e totalmente reformulado para que ambos os lados consigam se enfrentar de igual para igual, mas, do jeito que está, nem gaste tempo tentando ganhar por submissão – mesmo que seu lutador seja um mestre nessa arte, essa rotina de golpes é simplesmente inútil.


Prévia: EA Sports UFC



  • Divulgação
    Royce Gracie e Bruce Lee: "EA Sports UFC" coloca cara a cara lendas das artes marciais
Em 2009, Dana White declarou publicamente seu desgosto com a Electronic Arts e a sub-divisão EA Sports por sua falta de interesse com a marca do “Ultimate Fighting Championship”.
“A EA Sports nos disse ‘vocês não são um esporte de verdade”, declarou, na época, o chefão do evento. “‘Não queremos nada com isso’”. Os jogos, naqueles tempos, eram de responsabilidade da publisher THQ, com a série “UFC Undisputed”.
Cinco anos e uma explosão de popularidade depois - sem falar na falência da THQ, em 2012 -, as duas organizações fizeram as pazes e “EA Sports UFC” é o símbolo desta nova união, prometendo a versão definitiva do gênero de luta com artes marciais mistas.

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Bela pancadaria
“EA Sports UFC” está sendo desenvolvido pela EA Canada, estúdio responsável por “Fight Night”. Como na série de boxe, o chamativo inicial são os incríveis e detalhados visuais presentes no jogo. Todos os lutadores são recriados em mínimos detalhes, desde cicatrizes e marcas de nascença até as mais variadas tatuagens. O mesmo vale para outras figuras memoráveis vistas em transmissões, como o anunciante Bruce Buffer e o comentarista e entrevistador Joe Rogan.
E a atenção aos detalhes não se limita a simples características visuais. A movimentação dos lutadores têm peso e balanço próprio e tudo é refletido no modo em que seus músculos se mexem ou mesmo os dedos que se expandem e contraem enquanto os combatentes procuram reencontrar seu centro de equilíbrio.
É provável que o jogador não preste atenção em coisas deste tipo no calor da luta, mas todos estes elementos afetam a velocidade e força durante os rounds. Com o motor gráfico EA Sports Ignite, os desenvolvedores também procuraram criar um sistema de deformação total dos corpos, dando maior verossimilhança aos impactos e submissões, e caprichou nos ferimentos que os lutadores podem receber, com inchaços e sangramentos realistas e até um pouco desagradáveis de se ver.
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EA Sports UFC

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Voar como uma borboleta, ferroar como uma abelha
Os combates em lutas de artes marciais mistas envolvem uma dose significativa de estratégia, tentando balancear as forças com as fraquezas de cada lutador. “EA Sports UFC” promete que a inteligência artificial dos adversários se adaptará ao estilo do jogador, então é importante levar cada movimento em consideração. Quem decidir ir com tudo para cima de seu oponente, por exemplo, pode sofrer em rounds seguintes por falta de energia.
Segundo os produtores, a ideia é tornar este desgaste físico dos lutadores maio intuitiva e natural, sendo refletido diretamente no jeito em que ele se porta. Veias pulsantes, descoloração, contração dos músculos e sinais de fadiga mostrarão claramente em que estado está determinado combatente.
Mais do que isso, a EA Canada procurou estudar cada lutador, para que suas ações e reações fossem verossímeis com sua contraparte no mundo real. “Ao fim de uma luta de cinco rounds com um ritmo incrível, você ainda vai ver as veias pulsando em Frankie Edgar, mas não verá ele arfando”, exemplificou Brian Hayes, diretor criativo do jogo. “Hector Lombard, por outro lado, talvez tenha que fazer uma pausa aqui ou ali, senão ele vai estar exausto ao seu fim”.
A física e força também influenciam na combinação de golpes, e é importante notar qual movimento surge naturalmente depois de um soco ou chute, para uma maior efetividade contra o adversário. A EA Canada também preferiu adotar o sistema similar ao de “UFC Undisputed”, utilizando botões ao invés do analógico direito para os golpes, como visto em “EA Sports MMA”.
Jogo de chão e submissão também parecem ter tomado, em parte, inspiração da série da THQ. O imobilizado deve usar o analógico direito para tentar se livrar de seu oponente, enquanto o imobilizador deve imitar o movimento corretamente para manter o controle, além de usar a alavanca esquerda para finalizar o adversário.

SEM PIEDADE

Não importa o quão dolorosa a pancadaria, as lutas de “EA Sports UFC” não serão interrompidas por médicos. “As pessoas vão ter várias opiniões sobre isso, mas no fim não quisemos tirar a chance de terminar a luta ou conseguir uma recuperação impressionante porque a inteligência artificial de um médico do octógono decidiu que ele não podia continuar”, disse Brian Hayes.
Não são os anos, é a milhagem
Pela primeira vez no modo Carreira, jogadores terão a chance de participar do reality show “The Ultimate Fighter”. Após criar seu personagem - possivelmente baseado em seu visual, por meio do chamado “Game Face” -, seus atributos iniciais, e uma vitória eliminatória, o usuário entrará para uma equipe do “TUF”, tendo 13 pares de rivais, como Lyoto Machida e Chris Weidman ou Jon Jones e Alexander Gustafsson, para servirem de treinadores.
Vencendo o campeonato, seu lutador receberá o título de “The Ultimate Fighter” e patrocínio da marca UFC, além de poder ter a chance de entrar no ringue contra grandes nomes do torneio.
Ao contrário da série “UFC Undisputed”, a idade não será o seu principal inimigo durante o modo carreira de “EA Sports UFC”. No novo game, o sucesso de seu lutador no jogo dependerá de dois grandes fatores que o manterão por cima nos cards: longevidade e popularidade.
A longevidade depende principalmente de seu desempenho nos combates. Lutar inteligentemente, utilizando defesas e evitando golpes duros, manterá seu personagem em demanda e saudável para embates futuros, enquanto tomar pancadas demais pode significar um fim prematuro para seus tempos no octógono. Vencer com estilo e criar interesse no público aumentará sua popularidade, podendo abrir novas oportunidades para patrocinadores e visitas de grandes nomes do esporte.
E, como não podia deixar de ser, as duas métricas são interrelacionadas. “A ideia é de que se você é um dos favoritos do público, sua longevidade diminui mais vagarosamente, porque o UFC quer que você continue lutando por mais tempo”, declarou Hayes.

"UFC" TAMBÉM TERÁ LUTADORAS; VEJA ELAS EM AÇÃO

Retorno de lendas
“EA Sports UFC” não será palco apenas dos talentos atuais, mas também de grandes nomes do torneio e artes marciais em geral. A princípio, os dois “convidados especias” que farão parte do jogo serão o lendário Royce Gracie, primeiro campeão do UFC, e o mais icônico dos artistas marciais, Bruce Lee.
A decisão de trazer Lee - falecido em 1973, vinte anos antes da primeira edição do Ultimate Fighting Championship - trouxe algumas ressalvas, já que era conhecido principalmente como um lutador de rua, algo que não condiz com as regras do campeonato.

VIA EXPRESSA

Bruce Lee e Gracie Rocie estarão em todas as cópias de “EA Sports UFC”, mas apenas os que fizerem a pré-venda poderão usá-los imediatamente. Do contrário, o jogador deverá vencer o modo carreira para liberar os dois mestres
Ainda assim, a ideia pareceu boa o suficiente para sua filha, Shannon, que adquiriu os direitos de imagem do pai em 2012. “As pessoas sempre perguntam ‘Como Bruce Lee se sairia em um octógono?’. Bom, agora elas podem descobrir”, disse ao site Polygon.
Lee poderá ser utilizado em quatro divisões de peso - ao contrário de Gracie, que só poderá entrar em combate com outros Meio Médios - mas, como todo lutador, terá seus pontos positivos e negativo, sendo um combatente veloz e poderoso, mas pouco adaptado ao combate de chão. “Se eu estivesse lutando com Bruce Lee, eu definitivamente tentaria levá-lo ao chão”, disse Hayes.
Com talento de sobra dentro dos ringues e na equipe de desenvolvimento, “EA Sports UFC” é uma das grandes promessas da nova geração de consoles. Se ela se cumprirá, só saberemos em 17 de junho, quando o jogo for lançado para Xbox One e PlayStation 4.

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